Ao ver o filho no chão
Tanta juventude perdida
As pernas não
aguentaram o próprio peso e se dobraram
Joelhos no asfalto, braços abertos, olhos escancarados, fitava o nada.
A boca se abriu como
antes nenhuma outra
Nenhuma outra jamais
Nenhuma outra jamais
E dela saiu um grito
que não se descreve
Porque quem criou as
palavras não imaginou um sofrimento assim
E foi tão alto que
nenhum pássaro cantou
Nenhum homem falou
Nenhum cão latiu
Apenas uma cigarra
Num canto tão
triste...
E nem verão era.
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