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Passeio de Bike no Stanley Park |
Antes
de mais nada, preciso lhe dizer que estive em Vancouver entre 2 e 12
de setembro de 2011. Por alguma maravilhosa razão, todos os
dias foram de sol brilhante, céu completamente azul, com a
temperatura oscilando de 13 a 30ºC. E isso, obviamente, afeta
diretamente as opções de lazer. Com chuva ou muito frio, ficar na
rua é o que menos se quer. Feita essa ressalva, olha, se tem algo
que não aparece em Vancouver é o tédio. As opções para diversão
são inúmeras e, para mim, a melhor delas é andar de bicicleta ou a
pé pelos parques e pela orla. Mas você tem também cinemas,
teatros, cafés, pubs, bons restaurantes (para todos os gostos e
bolsos), galerias de arte, museus e casas noturnas. O melhor,
contudo, ao menos para mim, foram as atividades ao ar livre, às
quais nos dedicamos com devoção quase que religiosa.
Em
Vancouver, ao menos em Downtown, a gente encontra parques e ciclovias
por todo canto. O melhor deles, em minha opinião, é o Stanley Park, um dos maiores parques urbanos do mundo. A orla dele é
toda circundada por duas pistas, uma para ciclistas e patinadores e
outra destinada a pedestres e cheia de bancos nos quais você se
senta e fica apreciando a vista, que é também muito bonita, esteja
você em que parte da ilha estiver.
Os
passeios pela vizinhança são outra opção muito
interessante. É lógico que a tendência é ficar em Downtown,
passear pela English Bay, pelo SeaWall, curtir Granville Island etc.
Mas uma visita a North Vancouver e às montanhas não pode ser
descartada, salvo se você estiver com muito pouco tempo. Além
do Lynn Park (que não
visitamos... pena...), há opções fáceis como Grouse
Moutain e Capilano
Bridge para uma escapada de Downtown.
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Vista da Cidade em Grouse Mountain |
Tanto
para Capilano Bridge quanto para Grouse Moutain, há opções de
transporte gratuito. Basta você ir até o Canada Place e pegar o
ônibus (free shutle) que lhe interessar. Os horários são fixos,
embora alguns variem conforme o clima. Para usar os free shutles, é
preciso que você tenha os ingressos. Mas se preferir, pode pegar a
balsa (estação central, entre o Canadá Place e Gastown) e logo na
saída entrar em um dos ônibus da rodoviária que fica anexa ao
terminal aquaviário.
Aliás,
o passeio de balsa é rápido e te deixa em North Vancouver, bem
próximo a um parque (se você for para a esquerda de quem sai) ou de
um mercado muito interessante (se você dobrar à direita). No
dia em que fomos a Grouse Mountain fazia um calor intenso, talvez por
conta do horário que escolhemos. Assim, recomendo que, se estiver
quente, deixe para ir bem cedo ou no final da tarde. O que tem de bom
em Grouse Mountain? Bom, você pode conferir no link acima, mas além
das brincadeiras radicais como descer a toda velocidade por um cabo
de aço suspenso vários metros acima do chão, é um ótimo lugar
para trilhas no meio da floresta e uma vista espetacular não apenas
de toda Vancouver, como de outras cidades. Com tempo bom, você verá
até as montanhas do estado de Washington, EUA. E tem dois ursos em
um cercado grande, além de shows com pássaros e apresentação de
corte de lenha com machados. Pra quem gosta...
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Capilano Bridge - a ponte suspensa |
Já
em Capilano, onde fica a linda ponte suspensa, há tantas e tantas
árvores, que você fica o tempo quase inteiro na sombra. Assim, se
dispuser de apenas um dia para ir aos dois lugares, deixe Capilano
para o período mais quente do dia, embora, logisticamente, seja
melhor ir primeiro a Grouse Mountain, que fica mais acima e o shutle
do retorno sempre deixa o pessoal na porta da Capilano.
Quando estivemos lá, em razão do período de seca, o leito do rio estava bem seco, com volume baixíssimo de água, como vocês podem ver na foto ao lado. Mas segundo vimos em panfletos, a ponte passa 70 metros acima de um rio turbulento e, dela, se avista uma bela cachoeira.
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O Cliffwalk |
Em junho de 2011, mesmo ano em que estivemos lá, inauguraram o Cliffwalk que, como o próprio nome já diz, é um passeio à beira do penhasco, com uma vista ainda melhor do rio e da cachoeira, do que aquela que se tem a partir da Capilano Bridge, até porque conta com chão de vidro em quase toda a sua extensão, aumentando a sensação de altura que se tem ao percorrermos a sua extensão.
Uma
boa dica para a qualquer um que vá pela primeira vez a Vancouver, é
passar pelo ótimo Bureau de Turismo (fica no início da Burrard
Street, uma das principais vias do Downtown), próximo ao Canadá
Place. Um enorme balcão, com vários atendentes sempre solícitos,
conhecedores da cidade e muito organizados. Ali você pode
comprar ingressos para praticamente todas as atrações, conhecer o
que está ou estará ocorrendo, pegar dicas de restaurantes do tipo
que você mais gosta, locais para compras, mapas da cidade e até
alugar bicicletas (que você não pegará ali). Eu, particularmente,
recomendo que você deixe para alugar as bicicletas nas proximidades
dos lugares pelos quais quer passear. Se for ao Stanley Park,
alugue-as na região próxima ao parque (se não me engano Denman
St., começando ali na Georgia St.). Aluguei as primeiras na Bayshore
e as outras na Spokes, onde acabamos atendidos por uma brasileira que
correu para nos atender quando me ouviu perguntar a minha
mulher qualquer coisa sobre a bicicleta que ela queria, e pareceu
muito feliz de nos atender e falar em português. Aliás, as bikes
da Spokes são
excelentes e você paga apenas no final, de acordo com a quantidade
de horas que ficar com elas. É preciso, no entanto, apresentar um
cartão de crédito antes.
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A
pé ou de bike, todo passeio deve ter uma parada para um refresco (eu
estava em época de cervejas, talvez pelo calor) à beira mar, ou
mesmo para um sorvete. E se não quiser beber nada, tudo bem também.
Simplesmente assistir a vida passar com visuais incríveis, já é um
programão.
Vista de Downtown a partir de Granville Island |
Pare também para assistir os músicos de rua ou as peças teatrais ao ar livre em Granville Island (ao menos enquanto estivemos lá, havia todos os dias essas performances).
Curtindo a cena local em Granville Island |
Acredite em mim: férias
não devem ser sinônimo de correria! Curta os locais, sente-se nos
bancos, veja o vai-e-vem dos locais e converse, converse muito, com
quem lhe faz companhia num lugar tão gostoso como esse.
Ô, delícia, não?
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